Eu poderia ter escrito antes, mas não vi necessidade nisso. Acho que eu não tinha mesmo um motivo, ou pelo menos eu não precisei expor nada. Percebi que quando a gente sente um amor recíproco, não necessariamente precisamos expô-lo sempre. O que é diferente de uma demonstração de afeto. Percebi, também, que quando esse amor basta por si só, a gente tem vontade de escrever, pensar e/ou falar sobre, mas que se torna algo tão íntimo e verdadeiro que não precisamos mais reafirmar sempre.
E então eu me dei conta: eu te amo sem precisar de reafirmações. Eu te amo de um jeito que, se apenas você souber, é o que importa realmente. De um jeito que não ligo mais se alguém é contra, porque já não me interessa a opinião alheia. Eu te amo, simplesmente, por amar. Não preciso confirmar a cada instante - embora, às vezes, eu queira.
Eu poderia pensar em vários motivos pra escrever um texto, um poema, uma música. Mas já não preciso mais pensar, eu apenas faço. É tão natural que pego o lápis e as palavras saem, dando uma forma concreta das minhas emoções. Tão natural que olho pra você e a poesia vem. De um lirismo que nem eu sabia que era capaz de obter.
Olha, se você quer saber, eu demorei até demais para perceber essa coisa de escrever o tempo todo, ou simplesmente sentir. O ponto é, que eu preciso me expressar, senão explodo. E é aí que você entra. Dando-me a inspiração tão natural e necessária em minha vida. Eu não precisava te dizer nada disso - e por isso eu não disse -, mas eu queria, então escrevi. Porque você sabe, sou melhor escrevendo do que falando. E me recuso a te dar algo menos do que o meu melhor.