quarta-feira, 28 de maio de 2014

Meu Melhor

       Eu poderia ter escrito antes, mas não vi necessidade nisso. Acho que eu não tinha mesmo um motivo, ou pelo menos eu não precisei expor nada. Percebi que quando a gente sente um amor recíproco, não necessariamente precisamos expô-lo sempre. O que é diferente de uma demonstração de afeto. Percebi, também, que quando esse amor basta por si só, a gente tem vontade de escrever, pensar e/ou falar sobre, mas que se torna algo tão íntimo e verdadeiro que não precisamos mais reafirmar sempre.
       E então eu me dei conta: eu te amo sem precisar de reafirmações. Eu te amo de um jeito que, se apenas você souber, é o que importa realmente. De um jeito que não ligo mais se alguém é contra, porque já não me interessa a opinião alheia. Eu te amo, simplesmente, por amar. Não preciso confirmar a cada instante - embora, às vezes, eu queira.
       Eu poderia pensar em vários motivos pra escrever um texto, um poema, uma música. Mas já não preciso mais pensar, eu apenas faço. É tão natural que pego o lápis e as palavras saem, dando uma forma concreta das minhas emoções. Tão natural que olho pra você e a poesia vem. De um lirismo que nem eu sabia que era capaz de obter.
       Olha, se você quer saber, eu demorei até demais para perceber essa coisa de escrever o tempo todo, ou simplesmente sentir. O ponto é, que eu preciso me expressar, senão explodo. E é aí que você entra. Dando-me a inspiração tão natural e necessária em minha vida. Eu não precisava te dizer nada disso - e por isso eu não disse -, mas eu queria, então escrevi. Porque você sabe, sou melhor escrevendo do que falando. E me recuso a te dar algo menos do que o meu melhor.