quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hoje senti um calafrio em minha pele quando você se aproximou, tentei disfarçar, mas quando olhei nos teus olhos quase tremi; quase respirei fundo, mas naquele momento eu não conseguia sequer respirar. Você prende minha atenção de uma tal maneira que não sei quando devo olhar-te e quando devo simplesmente ouvir-te… De uma tal maneira, que me considero pecadora só em pensar em ti.
Havia criado uma coragem implícita para dizer o que sinto, mas agora… Não pretendo me revelar de tal maneira. Hoje o fitei com uma força tão grande em meu olhar que quase pude perceber o que sentes por mim. Hoje, só hoje, pude perceber que também és tão atencioso quanto eu. Tão atencioso quanto a lua à noite em um céu límpido.
Se eu fosse falar do passado, provavelmente não citaria sua respiração; e menos ainda o seu perfume, mas estávamos tão próximos que não pude deixar de notar seu nervosismo, sua ansiedade e o modo como hoje me olhavas diferente. Hoje o mundo se voltou à mim para que eu pudesse decifrar o teu olhar e o teu sorriso, mas… Mais uma vez fui indagada a esquece-lo. E hoje, só hoje, prometo esquecer-te, mas amanhã quando o vir… Não estarei mais cumprindo minha promessa.

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