domingo, 1 de agosto de 2010

Pensei ter te perdido quando você não olhou nos meus olhos naquele dia; pensei que você não quisesse mais sorrir para mim, pois não vi sequer um ameaço de sorriso em teus lábios naquele dia; queria que a Terra me engolisse, pois tu não olhaste em meus olhos naquele dia; tentei fingir que estava tudo bem, tudo calmo, mas não... Nada bem, nada calmo.
Coloquei-me em teu lugar e percebi que você precisava de um tempo para refletir o ocorrido, mas quando a vi deitada em seus ombros como se fossem íntimos nem sequer deixei transparecer o fogo que sentia dentro de mim. Não quis que nem ela e nem você percebessem.
Cogitei pular em teus braços e me declarar antes que você fosse embora, mas aquele não era nem o momento e nem o local corretos para isso, aliás, creio que nunca saberei o momento e o local corretos para me jogar em tal aventura. Cogitei tirar satisfações, mas quem sou eu para cobrar-lhe algo? Cogitei até pedir licença e sair, mas simplesmente fui ao fundo e sentei-me. E lá permaneci; como se o mundo não tivesse tempo algum e como se a Terra não girasse, simplesmente flutuasse.
E ao final percebi que o que senti foi um ciúme bobo e infantil, não sou assim, não quero ser e não serei! Mas você muda minha ideologia a cada instante, a cada frase, a cada palavra e a cada sorriso, por isso peço-lhe que não me olhes, o teu olhar me enfraquece.

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