quinta-feira, 30 de agosto de 2012

       Sabe, às vezes fico tentando entender a gente. É engraçado, é trágico... É tão bobo que chega ser ridículo. Nós não vivemos em um parâmetro específico, não sabemos agir nem juntos e nem separados. Somos tão infantis que não percebemos o que fazemos e fazemos por orgulho - querendo ou não. 
       A gente se vê, a gente se abraça, nos olhamos fixamente, um segurando as mãos do outro. Então, nós sorrimos e um dos dois pergunta: "o que foi?" e o outro responde: "nada"... E ficamos assim, sem falar por alguns instantes, que ora parecem eternos, ora parecem acontecer em frações de segundos. As conversas variam - e como variam. São conversas sem nexo algum, mas significam tanto, não é mesmo? - Talvez. São conversas sérias, bobas, infames, fofinhas... Não há um tema específico para elas.
       Mas então vem o outro dia e nós quase não nos olhamos. Você me vê e passa reto, age como se eu nem estivesse lá. Ou então, eu te vejo e nem paro para dizer "oi", talvez por que eu saiba que não terei a sua atenção naquele momento - ou dia. Não sei por que você não vem falar comigo em alguns dias, e nem sei explicar por que eu não paro para falar com você em outros. Mas acontece assim, nos olhamos, sorrimos sem graça e seguimos em frente, como se nunca tivéssemos sido apresentados.
       E, vivendo assim, não consigo te entender, você não me entende e achamos que estamos confusos. Mas será que estamos confusos de verdade, ou já percebemos que tudo acabou de vez? Será que não estamos apenas protelando o inevitável? Acho que já sabíamos desde o início que isso não poderia dar certo. Lembra quando você disse que me amava e que estava pensando no "para sempre"? É, eu me lembro, e acho que você quis dizer assim: "agora eu te amo e que seja eterno enquanto durar". - Não durou... Fim.

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